Foi no último dia de aulas do 1º período, mas foi… e está finalmente inaugurada a requalificação da escola EB 2,3 Dr. Flávio Gonçalves, que é a sede de um agrupamento que tem quase 1200 alunos. O ‘finalmente’ aplica-se aqui também porque o prazo da obra derrapou bastante depois da Câmara Municipal – a entidade contratante – ter rescindido com o empreiteiro inicial (o caso está agora no tribunal) e, no final de 2020, após ter tomado posse administrativa, ter atribuído a conclusão do trabalho a outra empresa. O estabelecimento de ensino tem agora novas salas de aula, de convívio e áreas desportivas para os alunos, sendo de destacar o Pavilhão completamente requalificado com 8 balneários.
Para a obra ser efetuada tal como foi inaugurada esta sexta-feira, com um custo um total de 5 milhões de euros, a Câmara Municipal teve de prescindir de verbas da União Europeia a que teria direito, o que permitiu concluir uma empreitada bem mais ambiciosa do que o ministério da Educação estava disponível para suportar. Daí que na inauguração tivesse estado o presidente da Câmara, que falou sobre o investimento concretizado e o alheamento do ministério da Educação, situação da qual Aires Pereira tirou nota para decisões futuras, tendo realçado “o sentimento de dever cumprido”.
A diretora Luísa Gomes lembrou que a convivência das aulas com as obras não foi fácil, mas os sacrifícios valeram a pena, sublinhou a professora, que assinou com a Câmara Municipal um protocolo para que o pavilhão desportivo possa ser cedido, fora do horário letivo, a associações poveiras. Por causa das medidas restritivas à disseminação da COVID 19, a festa foi mais contida do que podia ser, mas ainda assim houve apontamentos culturais entre os quais a leitura de um poema do aluno Tomás Maçães que sintetizou o sentimento de grande alegria da comunidade escolar.
Na sessão de inauguração também foi realçado o papel dos pais, funcionários, professores, projetistas, fiscalização e empreiteiro na resolução de problemas que permitiram a concretização da obra. E também não foi esquecida a anterior diretora Maria das Dores Milhazes e a subdiretora Manuela Bacelar – também presentes – já que foi durante os seus mandatos que a obra foi idealizada e começou.