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A nau quinhentista de Vila do Conde vai entrar em obras já este mês. Os trabalhos de reparação e manutenção da réplica de uma embarcação do século XVI vão custar 151.772 euros. O presidente da Câmara explica que, desde que a nau foi inaugurada, em dezembro de 2007, nunca houve nenhuma intervenção de fundo. Agora, a intervenção, que será feita no próprio local, vai demorar três meses. Num ou noutro momento, revelou Vítor Costa, o museu flutuante poderá ter que ser encerrado ao público.
Os trabalhos a efetuar serão de lixamento, pintura, calafetagem, betumagem, substituição de cabos, corrimões vergas e colocação, no topo dos mastros, de materiais destinados a afastar as gaivotas. E, no rio, haverá ainda as obrigatórias vistorias subaquáticas. A obra já foi adjudicada aos estaleiros Samuel & Filhos, precisamente os mesmos que, em 2001, deram início à sua construção.
Um dia, admite o edil, terá que ser feita uma vistoria a seco – que seria obrigatória de 5 em 5 anos, mas que a nau nunca fez -, mas esse será um processo complicado. Aquando da sua construção, a nau veio a navegar, rio acima, de Azurara até ao local onde está fundeada, em frente à Alfândega Régia, mas uma vez lá chegada, foi carregada com toneladas de pedras que constituem, hoje, o lastro da nau. Para que volte a navegar, todo o lastro terá que ser retirado.
