Podem sossegar os utilizadores de autocarros da Arriva porque nas linhas de Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Trofa, Santo Tirso, Maia, Matosinhos e Porto vai surgir uma alternativa quando, a partir do final do ano, a empresa abandonar o serviço. A garantia foi dada ontem pela Área Metropolitana do Porto (AMP), a estrutura que reúne os municípios e que detém a responsabilidade dos transportes públicos.
“O serviço irá continuar a ser prestado nos mesmos moldes para a população, mesmo com a mudança de operador, garantindo que as autarquias abrangidas por esta decisão da empresa não terão falta de transporte público para as populações que diariamente utilizam este meio de mobilidade”, refere a Área Metropolitana do Porto. Recorde-se que, em declarações à SIC, Eduardo Vitor Rodrigues, que preside ao Conselho Municipal já tinha adiantado a solução encontrada, o ajuste direto à Trandev (ouça no noticiário). O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte, afecto à CGTP, esclareceu em comunicado que a Arriva garantiu uma indemnização e direito de subsídio de desemprego a quem não pretender ser integrado noutras firmas. A Arriva é controlada pelo banco alemão “Deutsche Bank” e opera em mais de uma dezena de países europeus. Em Portugal representa uma oferta de aproximadamente um milhão de quilómetros por ano e serve meio milhão de pessoas no Grande Porto e no Vale do Ave.
Ontem mesmo a Câmara de Vila do Conde fez eco da informação do organismo supramunicipal e garante que que ela própria, a autarquia, tinha desencadeado ”junto da Área Metropolitana do Porto, enquanto autoridade de transportes, todos os procedimentos necessários para garantir a continuidade do serviço de transporte público e escolar no início de 2022”.