O Varzim esteve muito perto de ficar nas mãos de elementos com ligações à maior organização criminosa do Brasil, o Primeiro Comando da Capital. Empresários suspeitos de lavar dinheiro através do futebol português tentaram comprar a SAD que o Varzim ia criar no ano passado e sondaram posteriormente o Felgueiras e o Vilaverdense, acabando por estar atualmente ligados ao Fafe, segundo uma reportagem do ‘Público’.
De acordo com o jornal, o agente de jogadores brasileiro Ulisses Jorge teve o Varzim como primeiro alvo e apresentou uma proposta para comprar a futura Sociedade Anónima Desportiva do clube. No verão passado foi mesmo assinado um acordo com o então presidente Edgar Pinho, tendo também sido feito um empréstimo de 650 mil euros em jeito de adiantamento do negócio. O dinheiro chegou de diferentes empresas e formas: 400 mil por transferência bancária e 250 mil euros em dinheiro.
No entanto, com muita polémica e contestação na altura, por pormenores pouco claros em relação aos compradores, a criação da SAD nunca chegou a ser submetida a votação em Assembleia-Geral, devido a parecer negativo do Conselho Fiscal, levando à queda do negócio, apesar disso implicar o pagamento de 610 mil euros de indemnização, mais o valor que tinha sido adiantado. A dívida total está incluída no Plano Especial de Revitalização que foi submetido pela atual direção liderada por Ricardo Nunes.
A Federação Portuguesa de Futebol já reagiu e anunciou que vai averiguar eventuais atos ilícitos através do Conselho de Disciplina.