Já foi inaugurado, em Esposende, o Parque Paulo Gonçalves. No centro, no chamado Souto Citadino, face à Estrada Nacional 13 (entre as rotundas da Senhora da Saúde e da Solidal), há agora uma escultura do piloto esposendense feita de peças de motos. Paulo Gonçalves, recorde-se, faleceu a 12 de janeiro de 2020, na Arábia Saudita, após uma queda na 42.ª edição do Rali Dakar. Esta é a homenagem de Esposende, ao piloto português, considerado “o herói da terra”, pelo “muito deixou no mundo do motociclismo”. A escultura, num investimento próximo dos 50 mil euros, foi totalmente financiada pela Câmara de Esposende.
A recolha das peças mecânicas que deram corpo à escultura foi coordenada pela Associação Speedy (o nome por que era conhecido Paulo Gonçalves) Forever. Chegaram peças de todo o país. O fotojornalista e artista Paulo Jorge Maria concebeu o projeto. Uma empresa de Constância (Santarém) deu corpo à obra. A peça representa o piloto e a sua moto em acção, em plena corrida numa duna no deserto, na Arábia Saudita, onde o piloto viria a morrer. A escultura tem o dobro do tamanho real, pesa oito toneladas e tem cinco metros de altura.
Benjamim Pereira, o presidente da Câmara de Esposende, salientou o desportista, mas essencialmente o Homem que procurava a excelência, sem abdicar dos valores que o tornaram reconhecido mundialmente.
Paulo Gonçalves destacou-se no desporto motorizado, alcançando 23 títulos nas modalidades de motocross, supercross e enduro. Participou em 13 edições do Rali Dakar, terminado de forma notável em segundo, em 2015, tendo-se sagrado Campeão do Mundo de Rallies Cross Country, em 2013. Em 2003, a Câmara de Esposende atribuiu-lhe a Medalha de Mérito Desportivo. Foi homenageado com a atribuição, a título póstumo, da Medalha de Honra, o mais alto galardão municipal e, em reconhecimento do seu legado, o município instituiu, em 2021, o “Prémio Paulo Gonçalves”, a mais alta condecoração atribuída aos atletas do concelho.