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O muro de betão com um metro e meio de altura que foi erguido encostado ao Aqueduto de Santa Clara, no largo Mauverde, em Beiriz, foi aprovado pela Direção Regional da Cultura do Norte. A obra é particular, tendo avançado com o parecer favorável da DRCN e o aval da Câmara da Póvoa de Varzim. Agora, a DRCN diz que aprovou “a reconstrução de um muro pré-existente, em mau estado de conservação, naquele sítio” e não o muro de betão. Ainda assim, não foi acautelado o afastamento ao monumento nacional e dois dos arcos do aqueduto ficaram no interior de uma propriedade privada onde está a nascer um moderno loteamento de vivendas. Diz a DRCN que essa questão deve ser “verificada pela entidade licenciadora ou pelo proprietário do aqueduto” – ou seja, a Direção-Geral do Património Cultural.
Na última assembleia municipal, Marco Mendonça, do Bloco de Esquerda, voltou a questionar a Câmara sobre o caso, já que, três meses depois de denunciado pelo PS, continuava tudo na mesma. O edil Aires Pereira explicou que não foi cumprido o que estava no projeto e a obra foi embargada quando foi alertada, mas o promotor já apresentou um aditamento: vai demolir o muro e afastá-lo cinco metros (previstos na lei) do monumento nacional, cedendo esse espaço ao domínio público. A autarquia fará depois o arranjo da zona envolvente ao Aqueduto, tal como sucedeu na vizinha freguesia de Argivai.
