No Dia do Trabalhador, poucos dias depois das celebrações do 25 de Abril e a meros dias de suspender a minha participação com este Jornal, como mandam as regras, em virtude da minha candidatura a deputado e se iniciar a campanha eleitoral para estas Legislativas antecipadas, venho relembrar ao leitor que, neste dia em que se comemoram os mártires da luta dos oprimidos contra os privilegiados, o paradigma mudou e as elites já não mandam os seus sabujos abater os contestatários a sangue frio.
Agora, usam o seu dinheiro e a sua influência para moldarem a opinião publica através de uma imprensa caduca que cooptada por uma ideologia bafienta marxista, obedece cegamente aos seus mestres. Tentam a todo o custo voltar a instalar a censura nos novos meios de comunicação social, através de um inovador sistema de “controlo de notícias falsas”. Sendo certo que falsas apenas o são porque vão contra a sua vontade. Para eles, até os factos são falso se não se ajustam à sua narrativa.
Escudam-se na Lei e na certeza de que a verdade, essa, está no fundo de um poço e quando emerge é sempre feia, sempre nua e crua, difícil de digerir. A eles interessa apenas perpetuarem-se no poder, ter uma populaça mansa e calma, e sempre que, no meio desta, alguém ousa erguer-se contra os seus interesses, rapidamente se vê a braços com problemas jurídicos, que estratégica e temporalmente surgem nas piores alturas das suas vidas.
Fantasiam-se da cor que mais lhes convém, variam de tons conforme os ventos da altura, e em gabinetes obscuros decidem por eles o nosso futuro. Se para as velhas elites não passávamos de trabalhadores, hoje fomos promovidos a consumidores. Hoje, para eles, não passamos de números para engordar ainda mais os seus lucros.
Tudo isto, enquanto os seus lacaios cospem ódio camuflado de mensagens de tolerância e direitos, financiados com milhões, dizem-se a voz do Povo, mas não passam de semeadores de discórdia e divisão, que atacam os mais fundamentais valores da nossa civilização para que as mesmas velhas elites continuem a dominar.
No final de mais estas minhas divagações, deixo ao leitor a certeza que regressarei depois da campanha eleitoral, esperando seriamente regressar para encontrar um Portugal melhor!
Júlio Alves
1/5/2025